Nível de abstenção “não é muito ruim”, acredita Carlos Velloso

O presidente do Tribunal Superior Eleitor (TSE), ministro Carlos Velloso, considera que o índice de abstenção no referendo "não é muito ruim". Ele ficou em torno de 20%. Segundo ele, esse índice é 8% maior que o das eleições municipais, do ano passado, e 5% superior ao da média geral das eleições.

"Quando você tem candidatos e partidos políticos envolvidos, a motivação é maior. O referendo é uma causa que está em jogo, então motiva menos", avaliou Velloso. Mas ele disse que, mesmo com esse índice, ficou surpreso com a participação da população. "Em um universo de 122 milhões de eleitores, mais de 100 milhões de eleitores compareceram. E isso me entusiasma a pedir mais referendos aos nossos representantes". Ele sugeriu que fosse realizado um referendo sobre o aborto de fetos anencéfalos.

Velloso destacou que das 323.368 urnas utilizadas no referendo, 2.800 foram substituídas ? o que representa 0,87% do total. Apenas 263 seções fizeram o uso de votação manual, ou seja, em cédulas de papel, o que representa apenas 0,08% . Mesmo com o problema da seca, que dificultou o acesso a alguns estados, a votação aconteceu com tranqüilidade em todo o país.

O ministro disse que R$ 250 milhões foram gastos para a realização do referendo. "Talvez seja muito mas é preciso homenagear a democracia. Ouve um esforço muito grande para economizar. Somos administradores do dinheiro público" disse.

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