“Nervosismo eleitoral” não pode desviar presidente do principal, diz Lula

Argel – Em uma resposta indireta às recentes declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso contra o atual governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que não pode permitir que o "nervosismo eleitoral" o desvie de suas responsabilidades de governar o País até 31 de dezembro deste ano. Em entrevista aos jornalistas brasileiros que acompanham sua quinta viagem a África, Lula reiterou de não gostaria que houvesse a possibilidade da reeleição no País, mas completou que não pode negar que ela existe. Para Lula, "o presidente da República não pode ter pressa da reeleição". Lembrou ainda que ainda tem muito a fazer.

"Nós plantamos muita coisa e estamos colhendo. Estou confiante, estou tranqüilo. O Brasil tem forte possibilidade de crescimento econômico. Nós poderemos ter crescimento extraordinário na geração de empregos e na distribuição de renda", afirmou Lula. "Os dados estão aí para todo mundo ver. Agora, eu não posso permitir que o nervosismo eleitoral faça com que o presidente da República tire a cabeça do principal, que é a economia brasileira, o povo brasileiro e o desenvolvimento no Brasil", completou.

Questionado sobre quem estaria nervoso no Brasil, Lula não respondeu. Essa foi a única pergunta sobre política nacional que passou pelo crivo do secretário de imprensa e porta-voz, André Singer. Antecipadamente, ele havia imposto como condição para a realização dessa entrevista, que não fosse tocado em questões internas. Outras tentativas feitas durante a entrevista foram igualmente abortadas pelo secretário de Imprensa.

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