Uruguai cogita fechar fronteiras com Argentina novamente

Montevidéu – O governo uruguaio avalia voltar a fechar a fronteira com a Argentina diante das ameaças de ambientalistas do país vizinho, que protestam contra a fábrica de celulose da empresa finlandesa Botnia e pretendem organizar uma manifestação na cidade uruguaia de Fray Bentos, onde ela está localizada.

O vice-ministro de Moradia e Meio Ambiente, Jaime Igorra, disse hoje ao jornal Ultimas Noticias que o governo "está disposto a fechar novamente as fronteiras diante de qualquer ameaça" e assegurou que serão tomadas "as medidas necessárias para garantir a segurança dos uruguaios".

Igorra apontou que essa é "uma medida responsável e legítima, que não pode ser comparada com a atitude dos piqueteiros argentinos, que atuam financiados pelo governo provincial de Entre Ríos e respaldados por um governo nacional que veste a camisa da causa piqueteira".

Os serviços de inteligência uruguaios colocaram hoje um grande efetivo de segurança nas regiões fronteiriças de Paysandu-Colón e Salto-Concórdia para impedir a entrada dos ambientalistas, que planejam protestos contra a fábrica de celulose da Botnia.

O sub-chefe de Relações Públicas da Marinha, Marcelo Larrobla, disse que "a segurança nas pontes está mais reforçada que o habitual" e esclareceu: "Estamos atentos às notícias e aos acontecimentos para monitorar a situação".

Montevidéu ordenou na segunda-feira levantar um bloqueio nas zonas fronteiriças com a Argentina em Paysandu e Salto, disposto no fim-de-semana para impedir a entrada de argentinos que pretendiam protestar no domingo contra a Botnia no balneário de Las Cañas, próximo a Fray Bentos, a 309 quilômetros de Montevidéu.

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