UE trabalha em plano de contingência militar para Líbia

Os países da União Europeia (UE) preparam um plano de contingência militar para a Líbia, em resposta aos violentos confrontos entre manifestantes e forças leais ao governante Muamar Kadafi, disseram hoje funcionários do bloco europeu. Um ministro francês, porém, negou que a possibilidade de uma invasão estrangeira no país do norte africano esteja sob avaliação no momento.

Grupos pelos direitos humanos afirmam que centenas de manifestantes já morreram durante os confrontos, após serem atingidos por tiros de forças do governo. O ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, disse ontem que provavelmente o número de mortos chegava a mil na Líbia.

Os funcionários da UE disseram que o bloco europeu não teve ultimamente um contato de fato com o governo de Kadafi. Sobre a possibilidade de uma resposta militar do bloco à violência, um funcionário afirmou: “Nós temos de estar preparados para esse tipo de cenário.” A fonte não disse que tipo de ação militar esse plano poderia incluir. Ontem, a UE afirmou que ativará um programa para ajudar a retirar europeus da Líbia.

O ministro da Defesa da França, Alain Juppé, porém, afirmou hoje que uma intervenção militar estrangeira na Líbia não está sendo avaliada no momento. Juppé notou ainda que a ideia de se estabelecer uma zona em que seria proibido voar é algo “justo para se examinar”. Forças da Líbia estão disparando em manifestantes de aviões e helicópteros, segundo relatos de várias testemunhas.

Juppé foi questionado sobre a possibilidade de uma intervenção militar estrangeira na Líbia. “Não. Não há intervenção militar”, afirmou ele, em entrevista à rádio France Inter. “Mas fortalecer as sanções de qualquer tipo que podem ser tomadas, em particular no espaço aéreo, é algo para se examinar.”

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, disse ontem que a França e a Itália seriam os países mais bem posicionados para garantir o respeito a uma possível decisão de proibir voos sobre o país, como forma de reduzir a violência. Juppé respondeu à declaração de Gates: “As pessoas esperam tudo da França no Mediterrâneo. Vamos tentar agir juntos.” As informações são da Dow Jones.

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