Tarso chega a Mônaco e reforça extradição

Ainda sem os documentos exigidos para a abertura do processo de extradição de Salvatore Cacciola, detido no Principado de Mônaco desde 15 de setembro, o ministro da Justiça, Tarso Genro, chega hoje ao país para sinalizar diplomaticamente o interesse brasileiro na transferência do ex-banqueiro. Anunciada na semana passada, a visita foi alvo de críticas veladas da procuradora-geral do principado, Annie Brunet-Fuster, que considera o gesto juridicamente nulo.

O ministro tem encontros marcados com o diretor do Serviço de Administração Judiciária, Philippe Narmino, às 15h, e a seguir com a própria Brunet-Fuster, às 16h. Tarso chegou ontem a Paris e se hospedou na residência da embaixada brasileira na França. Ao longo do dia, recusou-se a falar à imprensa. Por meio de sua assessoria, o ministro informou que o objetivo de seus encontros em Mônaco é reforçar "pessoalmente o interesse do governo brasileiro no pedido de extradição de Salvatore Cacciola". Na nota, Tarso também disse que salientará "o dever de solidariedade dos Estados contra o crime, com base na oferta de reciprocidade de tratamento".

Brasil e Mônaco não têm um tratado de extradição, mas o impasse diplomático pode ser resolvido com um "acordo de reciprocidade", no qual o governo brasileiro se comprometeria a agir da mesma forma em caso de prisão de foragidos monegascos em seu território.

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