Saques na Argentina já causam 3 mortes

Um indivíduo morreu atropelado na noite de ontem por um caminhão que tentava fugir de um assalto no norte da Argentina, afirmaram à Agência Efe neste domingo fontes policiais, que também confirmaram que está é a terceira vítima relacionada com a onda de saques registrada no país nos últimos dias.

Segundo testemunhas, um grupo de pessoas tentava obrigar o caminhoneiro a parar em uma estrada de San Miguel de Tucumán. No entanto, para fugir do cerco, o motorista acelerou e fez uma rápida manobra para desviar dos supostos saqueadores, momento em que acabou atropelando um pedestre que observava a cena.

“O motorista não parou o caminhão nem mesmo após o acidente e, desde então, segue foragido”, informaram fontes policiais da província.

O centro de San Miguel de Tucumán viveu cenas de pânico neste sábado, quando supostas grupos de saqueadores organizados tentaram assaltar alguns comércios e centenas de pessoas que realizavam compras natalinas. No entanto, a polícia local, que pede calma à população, negou a existência desses roubos.

Os primeiros saques na Argentina ocorreram na última quinta-feira na turística cidade de Bariloche, situada a 1,5 mil quilômetros ao sudoeste de Buenos Aires. Mas, entre a noite de quinta e sexta-feira, a onda de saques se estendeu para outras províncias do país.

Segundo relatório da Confederação Argentina da Média Empresa, pelo menos 292 comércios foram saqueados em 40 cidades argentinas, entre elas Rosário, onde duas pessoas que participavam dos saques na região morreram em confronto com a polícia.

Além das três mortes registradas até o momento, os confrontos entre os assaltantes e as forças de segurança causaram dezenas de feridos e mais de 600 detidos.

Diante deste contexto, o governo argentino acusa os sindicalistas opositores de estar por trás dos roubos. Segundo as autoridades locais, os 11 anos dos violentos protestos que resultaram na queda do governo de Fernando de la Rúa, em dezembro de 2001, também podem estar motivando esses saques, mas os sindicalistas desmentem essa relação.