O Relógio do Juízo Final, criado em 1947 por cientistas preocupados com o apocalipse nuclear, acaba de marcar o pior nível de sua história. Agora, estamos a apenas 89 segundos da meia-noite simbólica que representa o fim da humanidade.
Para os curitibanos, sempre atentos às questões globais, essa notícia traz uma reflexão sobre como eventos mundiais podem impactar nossa vida local. O mecanismo, atualizado anualmente por 18 cientistas da ONG americana Boletim dos Cientistas Atômicos, move-se um segundo mais perto do fim em comparação com o ajuste anterior.
Daniel Holtz, chefe do painel de especialistas, explica: “O ponteiro está em seu pior nível porque não vimos progressos em 2024. Há um aumentado risco nuclear, conflitos ativos envolvendo potências nucleares, o ano foi ainda mais quente que 2023 e tecnologias disruptivas como a inteligência artificial seguem se desenvolvendo sem controle”.
Para os moradores de Curitiba, a menção à crise climática é particularmente relevante. O Relógio do Juízo Final incorporou essa questão em 2007, refletindo como as ações humanas afetam o planeta.
Juan Manuel Santos, ex-presidente colombiano e membro do grupo The Elders, prevê um 2025 ainda mais desafiador. Ele critica a saída dos EUA do Acordo de Paris.
O cenário global é tenso: a guerra na Ucrânia continua, há conflitos envolvendo potências nucleares, e o clima bate recordes de calor.
A chegada do DeepSeek, programa de IA generativa chinês, também foi mencionada. Herb Lin, professor da Universidade Stanford, comenta: “Eu acho que os chineses demonstraram, assumindo que as alegações [sobre as capacidades do DeepSeek] são válidas, que esta não é uma corrida de um só lado agora, que os EUA não estão sozinhos”.
