Pyongyang acusa governo Obama de interferência

A Coreia do Norte acusou o governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de interferência em seus assuntos internos. Pyongyang afirmou que tomará “todas as medidas necessárias” para se defender do que qualificou como ameaças norte-americanas. O comunicado do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano, porém, foi bem menos duro que a retórica usada pelos militares do país durante os exercícios militares realizados pelos EUA e pela Coreia do Sul, na segunda-feira. A Coreia do Norte chegou a ameaçar aviões de passageiros sul-coreanos e afirmou que suas tropas estavam de prontidão para um eventual confronto.

O texto não especifica qual seria a suposta interferência dos EUA, mas Washington já pediu recentemente que não seja realizado um teste de lançamento de um míssil. Além disso, Pyongyang sempre argumenta que os exercícios militares anuais entre norte-americanos e sul-coreanos são um ensaio para uma invasão ao país. A Coreia do Norte afirma que não pretende lançar um míssil, mas sim um satélite, como parte de seu programa espacial pacífico. Além disso, prometeu retaliar caso algum país derrube o experimento.

EUA, Japão e Coreia do Sul advertiram Pyongyang para que não realize o lançamento, seja de míssil ou satélite, argumentando que o princípio envolvido é o mesmo. Uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) proíbe a Coreia do Norte de realizar qualquer atividade balística. A restrição foi aprovada após o primeiro e até agora único teste nuclear do país, em 2006.

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