Protestos nos EUA marcam cinco anos da invasão no Iraque

A polícia prendeu mais de uma dezena de pessoas que cruzaram uma barricada e bloquearam as entradas da Receita Federal dos Estados Unidos nesta quarta-feira. O protesto marcava o quinto aniversário da invasão norte-americana no Iraque.

Mais de cem pessoas se reuniram em frente à sede da Receita americana, em Washington, gritando frases como "Vocês estão prendendo as pessoas erradas". Os manifestantes bloquearam a entrada principal do prédio, quando aparentemente nenhum funcionário federal estava tentando usar as portas. A polícia deteve 13 pessoas que estavam na entrada.

Os manifestantes disseram estar protestando em frente à Receita porque o órgão é responsável pela arrecadação dos impostos usados para financiar a guerra.

Protestos contra a guerra no Iraque e vigílias estavam planejadas por todo o dia, em diferentes partes dos Estados Unidos. Em Ohio, por exemplo, estavam programados mais de 20 diferentes vigílias, passeatas, marchas e outros eventos.

No Instituto de Petróleo Americano, no centro de Washington, dezenas de manifestantes portavam faixas com dizeres do tipo "Fora do Iraque", ou "Sem sangue pelo petróleo!".

Universitários dos Estados de New Jersey e Dakota do Norte haviam planejado manifestações contra a guerra. Os estudantes da Universidade de Minnesota se mobilizaram para fechar os escritórios de recrutamento militar no campus.

No subúrbio de Miami, Linda Belgrave, uma professora de sociologia na Universidade de Miami, e outros manifestantes vestidos de preto entoavam palavras de ordem contra a invasão no Oriente Médio. "Este é o início do sexto ano desse horror, e isso tem que terminar", disse Linda.

A guerra no Iraque é impopular nos Estados Unidos e no exterior. Apesar disso, uma pesquisa da Associated Press e da Ipsos em dezembro mostrou um número crescente de pessoas que acreditam que os EUA estão fazendo progressos e finalmente podem dizer que têm algum sucesso no Iraque.

O resultado da pesquisa ocorreu em meio à queda das mortes entre norte-americanos e iraquianos e ao início de retiradas pontuais de tropas. Ainda assim, a maioria permanece condenando o conflito.

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