Promotoria francesa arquiva caso contra Strauss-Kahn

O escritório da promotoria de Paris arquivou nesta quinta-feira a investigação sobre a acusação de uma escritora contra o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn. Tristane Banon acusou Strauss-Kahn de tentativa de estupro, mas a promotoria arquivou o caso por falta de provas, embora Strauss-Kahn tenha admitido ter cometido agressão sexual, que é um crime mais leve.

Strauss-Kahn admitiu que fez “avanços” sobre a jornalista durante uma entrevista em 2003 para um livro que elas estava escrevendo. Mas promotoria disse que não podia avançar com o processo porque o incidente ocorreu há muito tempo. O estatuto de limitações para agressão sexual é de três anos; para tentativa de estupro é de dez anos.

O anúncio de quinta-feira foi a segunda vitória legal de um ano agitado para Strauss-Kahn, que deixou seu cargo no FMI depois que um uma camareira de um hotel em Nova York o acusou de tentativa de estupro no início deste ano. Posteriormente, a promotoria arquivou o caso.

Banon abriu o caso na França em julho, após terem surgido dúvidas sobre a credibilidade da camareira norte-americana.

Strauss-Kahn, que era considerado um dos principais concorrentes à presidência francesa antes de ser detido em Nova York, disse que as acusações de Banon sobre tentativa de estupro eram imaginárias e difamatórias.

Banon disse que Strauss-Kahn a convidou para um apartamento vazio, onde realizou a entrevista para o livro e que eles acabaram se atracando no chão e que o político tentou abrir sua calça e seu sutiã.

“Com a falta de elementos suficientes de evidências, a promotoria não pode manter a acusação de tentativa de estupro”, disse o escritório da promotoria, afirmando porém que “fatos que podem ser qualificados como agressão sexual foram reconhecidos”.

Strauss-Kahn admitiu, durante interrogatório, que tentou beijar Banon sem seu consentimento, informou um funcionário judicial, em condição de anonimato, à Associated Press.

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