Poodle é o cachorro preferido de muitos adultos e crianças no Brasil

Um cachorro para quem quer companhia e tem tempo de sobra para dedicar carinho e atenção. Assim é o poodle, um animalzinho dócil, inteligente, obediente e brincalhão, que no Brasil tem a simpatia e é preferido de muitos adultos e crianças.

Também chamado de barbone e canhiche, embora estes nomes sejam pouco populares em território nacional, o poodle é uma raça de origem francesa, mas que foi aprimorada na Inglaterra. Inicialmente o cão foi criado como caçador de aves aquáticas abatidas. Posteriormente, passou a ser treinado para companhia.

?No Brasil, o poodle ganhou popularidade na década de oitenta e início da década de noventa. Como ele é um cão bastante dependente dos donos, atualmente já não são tantas as pessoas que o adquirem, e ele vem perdendo espaço para outras raças de pequeno porte consideradas mais independentes, como o lhasa apso e o shitzu. Entretanto, quem tem um poodle geralmente se torna fã da raça e diz que não a troca por nenhuma outra?, diz a médica veterinária Mônica Correia do Amaral, que é juíza de exposição de todas as raças pela Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC).

Encontrado nas cores preto, branco, marrom, cinza e abricó (que vai do bege claro ao vermelho), o poodle pode ter pêlos cacheados, que são os mais comuns, ou encordoados, parecendo pequenas cordas. Ele é encontrado em quatro tamanhos: toy (de 24 a 28 centímetros de altura), anão ou miniatura (de 28 a 35 centímetros), médio (de 35 a 45 centímetros) e grande ou gigante (de 45 a 60 centímetros).

Foto: Lucimar do Carmo

Ele pode ser de cor preta, branca, marrom, cinza ou abricó.

?Os poodles, principalmente os toys e os anões, se adaptam muito bem a pequenos espaços, podendo tranqüilamente ser mantidos em apartamentos. Entretanto, é importante ficar atento no momento da aquisição para não comprar um cachorro achando que ele vai ficar de um tamanho e, quando cresce acaba ficando de outro. Isto não é difícil de acontecer e acaba gerando uma série de transtornos?, comenta Mônica.

Para evitar erros, a veterinária aconselha as pessoas a adquirirem poodles apenas de canis conceituados, de preferência indicados pelo Kennel Club local. Além disso, é importante conhecer os pais do animal – para saber exatamente o tamanho que ele vai atingir – e escolher um cachorro com pedigree, que serve como garantia de raça pura.

Cuidados

O poodle é um cão que necessita de alguns cuidados especiais, principalmente no que diz respeito à pelagem. Esta deve ser escovada pelo menos duas vezes por semana e passar por tosa mensal. O banho deve ser dado a cada quinze dias. No que diz respeito à saúde, os representantes da raça também costumam ser um pouco mais sensíveis a determinadas doenças do que outros cães. ?Isso se deve ao fato de que foram feitos muitos cruzamentos aleatórios e consangüíneos entre poodles?.

Sendo assim, os poodles têm predisposição a problemas de pele, otites, doenças endócrinas (como diabetes), problemas articulares e oftalmológicos (como catarata). Além disso, se não receberem a atenção de que necessitam, podem se tornar ansiosos e desenvolver desvios de comportamento, vindo inclusive a morder.

Companheirismo é destacado pelos donos

Foto: Lucimar do Carmo

Janete de Souza: ?Buddy é grudado com a minha mãe?.

Quem tem um poodle garante que o animal é realmente um grande companheiro. A empresária Simone Valéria Cordeiro tem um animal de tamanho toy e diz que não o troca por nenhum outro cachorro. Ela é dona de Meg, de quatro anos de idade.

?Já tive outro poodle, que morreu há vinte anos. Adoro a raça. Meg é extremamente inteligente e cuidadosa com todos da família. Ela espera meu filho voltar do colégio e me faz muita companhia. Só não gosta de ficar sozinha em casa, mas mesmo assim é um cachorro especial?, afirma.

A ex-bancária Janete Goreti de Souza é proprietária de Buddy, um poodle de seis anos. Ela comenta que se identifica bastante com a raça porque é fácil de mantê-la em apartamento. Além disso, os poodles se dão muito bem com pessoas idosas.

?Buddy é grudado com a minha mãe, que tem 73 anos de idade. Ele dorme com ela e atende a todos os seus pedidos. Nunca deixa que ela se sinta sozinha. É muito esperto e brincalhão. A única coisa que não faz é falar. Sou apaixonada por ele?, conta.

Já a empresária Aparecida Guandalini perdeu um poodle macho há quatro meses. Ele fazia companhia a Flinck, outro poodle que está com seis anos de idade. Aparecida revela que adora os representantes da raça e que não se importa com o fato de eles serem bastante dependentes dela e de outros integrantes da família.

?O poodle é um cão bastante frágil, mas mesmo assim eu não o troco de jeito nenhum. Muitas vezes já deixei de sair de casa para evitar que meus animais ficassem sozinhos. Porém, faço isso com o maior prazer. De jeito nenhum é um sacrifício. Eles me dão muito amor e carinho. São como se fossem da família?, declara. (CV)

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