Polícia prende suspeito de ataque no norte da China

A polícia chinesa deteve, nesta sexta-feira, um ex-presidiário suspeito de uma série de explosões ocorridas do lado de fora dos escritórios do Partido Comunista da cidade de Taiyuan, norte do país, que deixou um morto e oito feridos.

Feng Zhijun foi preso por volta das 2h desta sexta-feira (horário local) e confessou o crime, informou o governo provincial de Shanxi em comunicado. O documento diz que o homem de 41 anos já havia sido sentenciado a nove anos de prisão por roubo, mas não indica quais teriam sido os motivos para o ataque.

Segundo o comunicado, materiais para a fabricação de bombas e uma “grande quantidade” de outras evidências foram encontradas na residência de Feng.

As explosões, ocorridas na quarta-feira, lembram o tipo de ataques por vingança lançados ocasionalmente por cidadãos descontentes no país. Pessoas irritadas com o que consideram atos de injustiça têm explodido ônibus, esfaqueados funcionários do governo e atacado escolas.

Bombas caseiras costumam ser a arma escolhida em tais casos porque armas de fogo são rigidamente controladas e muito difíceis de ser conseguidas na China. As bombas colocadas em pelos menos dois locais do lado de fora da sede provincial do Partido Comunista na cidade de Taiyuan, tinham bolinhas de metal e pregos no interior, para provocar ferimentos graves.

Um dos feridos estava em estado grave. Vidros de carros e ônibus que estavam nas proximidades ficaram destruídos com a explosão.

O ataque aconteceu num momento em que a segurança foi reforçada no país, após um ataque suicida com um carro na praça da Paz Celestial (chamada Tiananmen, em chinês) que matou os três ocupantes do veículo e dois pedestres em 28 de novembro, no que autoridades chamaram de um ato de terrorismo cometido por militantes muçulmanos do oeste do país.

A província de Shanxi, da qual Taiyun é a capital, está localizada numa região montanhosa a oeste de Pequim, no cinturão de carvão chinês. A demanda pelo combustível deixou vários proprietários de minas muito ricos, mas a maioria dos moradores da província continua vivendo em extrema pobreza. Fonte: Associated Press.

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