Um italiano e uma portuguesa foram presos no sul da Espanha, durante a investigação sobre o seqüestro da menina britânica Madeleine McCann. O governo espanhol afirmou que o casal "tentou contatar os pais de Madeleine para obter um resgate". Madeleine, de 4 anos, sumiu dia 3 de maio, do quarto de hotel onde dormia com seus dois irmãos gêmeos de dois anos, na Praia da Luz (Algarve), em Portugal, enquanto os pais jantavam. O caso comoveu a Europa e mobilizou personalidades internacionais. Há uma recompensa de o equivalente a R$ 10 milhões por pistas que levem a ela.
No dia 13 de junho, um jornal holandês chegou a publicar uma carta anônima, anexada a um mapa que localizava uma área, no Algarve, onde estaria enterrado o corpo da menina. A polícia vasculhou o local, mas dada foi achado.
As prisões de ontem, que responderam a uma ordem de busca e captura internacional, ocorreram durante a madrugada, em Sotogrande (Cádiz, sul do país ). Investigadores da Unidade de Crimes Especializados e Violentos (UDEV) revelaram à agência Ansa que os presos, identificados pelas iniciais D.C. e A.D., tentaram extorquir R$ 10,4 milhões dos pais da menina. O italiano tinha ainda um mandado internacional de prisão emitido pela França por "crime de associação ilícita" e uma pena de 18 meses por maltratar sua filha.
De acordo com a agência Lusa, a polícia portuguesa afirmou que o homem também está fichado por tráfico de obras de arte falsas. Investigadores portugueses investem em um novo caminho para as investigações sobre o desaparecimento de Madeleine, com base em pistas fornecidas pelo jornalista espanhol Antonio Toscano, especialista em redes de pedofilia, informou o jornal de Lisboa Diário de Notícias.