O sindicato dos pilotos de aviação ofereceu-se neste sábado para negociar com a companhia aérea alemã Lufthansa para impedir uma greve de quatro dias prevista para começar na segunda-feira e que pode afetar milhares de viajantes.
A organização sindical manifestou-se disposta a conversar com o executivo-chefe da Lufthansa, Wolfgang Mayrhuber, depois de o ministro das Transportes da Alemanha, Peter Ramsauer, ter pedido aos dois lados que voltem a negociar e evitem o início de uma paralisação que poderia colocar em risco a economia do país.
Por meio de nota, a Lufthansa declarou-se disposta a negociar com os pilotos, mas mediante determinadas condições. Ainda não está claro, porém, se os dois lados realmente se reunirão para evitar a greve.
O sindicato de pilotos de aviação exige que a Lufthansa aprimore as condições de segurança para os pilotos da companhia na Alemanha e nos países para onde mantém rotas de voo. Segundo a agremiação, a companhia aérea terceiriza cada vez mais voos a pilotos de outras empresas, pagando menos e oferecendo condições de trabalho mais precárias.
Adiantando-se à paralisação, a Lufthansa já cancelou mais de 600 voos e começou a remeter seus passageiros a companhias aéreas e ferroviárias com as quais mantém parceria. A Lufthansa calcula que os prejuízos causados por uma eventual greve poderiam alcançar a marca de 100 milhões de euros.