Países da ASA iniciam reunião de 2 dias na Venezuela

Com o objetivo de consolidar alianças continentais fortes, cerca de 30 presidentes da África e América do Sul estão reunidos neste sábado para um encontro de dois dias em Isla Margarita. Embora o tema das discussões seja muito amplo, a expectativa para o segundo encontro dos países de África e América do Sul (ASA) é que definam ações para o desenvolvimento de projetos de refinarias e de armazenamento de petróleo e derivados, e para a formação do “Banco Africano Sul-americano”, informou o governo venezuelano.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, árduo defensor da “multipolaridade” como opção de contrapeso aos Estados Unidos, afirmou que espera que a África e a América do Sul formem “um dos grandes polos de poder desse mundo multipolar”, onde “não haja mais imperialismo”.

Minutos antes de se reunir com o presidente da Líbia, Muamar Kadafi, Hugo Chávez declarou que “pretendemos que nasça um corpo e mecanismos unitários entre a Unisul e a União Africana”. O governante venezuelano exaltou a visita de Kadafi ao país, a primeira que o líder da Líbia realiza ao continente, e a do represente argelino, Abdelaziz Bouteflika, afirmando que estas visitas são uma mostra do “poder que adquiriu a revolução bolivariana”.

Cerca de 20 presidentes africanos entre eles, Robert Mugabe, do Zimbábue, Bouteflika e Kadafi chegaram ontem à Isla Margarita para participar da segunda reunião do países da ASA. Participam também da reunião, Luis Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, Evo Morales da Bolívia, Tabaré Vásquez do Uruguai, e Cristina Fernandez de Kirchner da Argentina, entre outros.

Lula e Cristina Kirchner embarcaram para a Isla Margarita direto de Pittsburgh, nos Estados Unidos, onde participaram da reunião do G-20. O presidente brasileiro deve se reunir amanhã com o presidente Hugo Chávez, no afinal do encontro da ASA, para o encontro bilateral trimestral.

O ministro de Energia da Venezuela, Rafael Ramírez, informou que na reunião bilateral os presidentes do Brasil e Venezuela discutirão o acordo entre a Petróleos de Venezuela S.A.(PDVSA) e Petrobras para a construção de uma refinaria no estado brasileiro de Pernambuco. Apesar de estar sendo discutido há anos, a dificuldade para se chegar a um acordo está nas diferenças econômicas que surgiram entre as duas gigantes petroleiras.

Ramiro informou que a Venezuela realizará um pagamento inicial de US$ 300 milhões de dólares quando for firmado o acordo entre as duas petroleiras para a construções da refinaria, e que as autoridades venezuelanas cancelarão os 40% de aporte para o projeto. As informações são das agências internacionais.

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