Em meio ao mal-estar entre Washington e Pequim por causa da visita do líder espiritual do Tibete, o dalai-lama aos EUA, o presidente americano, Barack Obama, prometeu ontem ser “muito mais firme” com a China para que cumpra as regras comerciais acertadas entre ambos países. “O enfoque que adotamos (em relação a Pequim) é ser muito mais firmes na aplicação das regras existentes”, disse Obama em uma reunião com senadores democratas em Washington. Há anos, os EUA pressionam a China para que valorize o yuan.
O presidente americano declarou que é necessário “exercer pressão constante sobre a China e outros países para que abram seus mercados de forma recíproca. Além da visita do religioso e a questão comercial, a venda de armas americanas a Taiwan e as acusações da Google de que sofreu ciberataques provenientes da China também ampliam a tensão entre os dois países.
O governo de Pequim afirmou ontem que o presidente chinês, Hu Jintao, já havia pedido a Obama que não recebesse o dalai-lama. Segundo o porta-voz da chancelaria chinesa, Ma Zhaoxu, Hu “explicou” a seu colega americano a posição de Pequim em relação ao assunto quando os dois se encontraram em Pequim em novembro. Pequim classifica o líder tibetano exilado na Índia desde 1959 como “separatista” e sustenta que outros Estados interferem em seus assuntos quando decidem recebê-lo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.