Forças de segurança do Líbano invadiram hoje a maior prisão do país e libertaram três reféns, após várias centenas de detentos provocarem um motim, seguido de incêndio, informou um policial libanês. Os detentos da superlotada prisão de Roumieh, ao leste de Beirute, pedem melhores condições de vida e protestavam há alguns dias, queimando colchões e quebrando janelas.
Hoje, os presos tomaram três carcereiros como reféns em um dos pavilhões. Em outro pavilhão, os detentos atearam fogo em material inflamável em uma cozinha, provocando um incêndio. Parentes dos detentos, fora da prisão, jogaram pedras na tropa de choque. Segundo o policial libanês, após a invasão dos pavilhões a tropa de choque controlou a rebelião. Pelo menos seis presos ficaram feridos no processo ou então tiveram que ser internados após inalar a fumaça do incêndio.
O ministro do Interior, Ziad Baroud, disse que Roumieh foi construída para abrigar 1.050 presos mas atualmente tem 3.700 detentos. Ele disse que do total apenas 721 foram legalmente condenados, enquanto o restante aguarda julgamento.
Entre os detentos, estão supostos integrantes do grupo islamita Fatah al-Islam, inspirado na Al-Qaeda e que em 2007 lutou contra o exército libanês em um campo de refugiados palestinos no norte do país. As informações são da Associated Press.