No Japão, funcionária recebeu radiação acima do limite

A companhia Tokyo Electric Power (Tepco), proprietária da usina Daiichi, em Fukushima, no Japão, disse hoje que uma das funcionárias da usina foi exposta à radiação mais de três vezes acima do limite legal de cinco millisieverts em um período de três meses, informou a agência de notícias Kyodo.

A mulher, na casa dos 50 anos, não tem problemas de saúde, mas a agência de segurança nuclear do Japão afirmou que mais duas trabalhadoras podem ter sido expostas à radiação acima do limite. A agência pediu uma investigação da razão do problema e também que a companhia tome medidas para evitar novos casos.

Um porta-voz da Agência de Segurança Nuclear e Industrial, Hidehiko Nishiyama, lamentou o problema em entrevista coletiva. Ele acrescentou, porém, que todas as trabalhadoras deixaram a usina após o vazamento radioativo ocorrido em 23 de março. Segundo a companhia e a agência, um total de 19 funcionárias trabalhavam na usina, quando um terremoto e um tsunami afetaram sua operação, em 11 de março.

Acredita-se que a mulher com o caso mais grave tenha sofrido mais exposição radioativa interna que externa. Um funcionário da agência disse que a Tepco precisa explicar esse fato. A Tepco informou que a mulher estava reabastecendo caminhões de combate a incêndios e trabalhando dentro do prédio. Ela estava com máscara, mas pode ter inalado o material radioativo enquanto colocava ou tirava essa máscara.

Pela lei japonesa, funcionários de usinas não podem se expor a mais de cem millisieverts durante cinco anos – ou mais de 50 millisieverts em um ano. Para trabalhadoras, o limite é menor, de cinco millisieverts em um período de três meses, levando-se em conta que elas podem engravidar. Para as pessoas em geral, o limite é de um millisievert por ano, incluindo a exposição para procedimentos médicos, como raios X. As informações são da Dow Jones.

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