“Não aceito vetos”, diz candidato à prefeitura de Roma

O candidato à prefeitura de Roma pelo partido de centro-direita Povo da Liberdade (PDL), Gianni Alemanno, disse nesta quinta-feira (17) que "não aceita vetos", respondendo assim a uma polêmica iniciada pela comunidade judia da capital italiana.

A polêmica surgiu após Alemanno se declarar aberto a um apoio do partido A Direita para o segundo turno frente ao rival Francesco Rutelli, do Partido Democrata (PD), nos próximos dia 27 e 28 de abril.

"Iremos levar em consideração a opinião da comunidade judaica, no entanto, não iremos aceitar vetos", disse o porta-voz de Alemanno, referindo-se às críticas da comunidade hebraica.

O presidente da comunidade judaica romana, Riccardo Pacifici, expressou sua preocupação pela aproximação do PDL a uma força que exalta suas origens fascistas.

"Um fato gravíssimo, um caso delicado que poderá ter repercussões não apenas locais e não apenas italianas, mas também internacionais", sustentou Pacifici em uma entrevista publicada hoje pelo jornal La Repubblica.

Nas eleições do último domingo e segunda-feira, o candidato do PDL obteve 40,7% dos votos e Rutelli 45%.

Para recuperar os votos, durante uma coletiva de imprensa dada nessa quarta-feira, Alemanno havia dito que para o próximo desafio do segundo turno "os principais interlocutores são a União Democrática de Centro (UDC, ex-democratas-cristãos, ndr), de Pier Ferdinando Casini, e A Direita".

Walter Veltroni, líder do PD e candidato derrotado nas eleições parlamentares, tenta também recuperar votos para Rutelli e hoje conversou com Casini sobre a possibilidade de conseguir um apoio da UDC neste segundo turno.

Voltar ao topo