Na China, jornal cita morte de reformista e quebra tabu

O jornal oficial do Partido Comunista da China, “Diário do Povo”, publicou ontem artigo do primeiro-ministro Wen Jiabao para marcar os 21 anos da morte de Hu Yaobang, o líder reformista que caiu em desgraça em 1987 por apoiar movimentos pró-democracia e cuja morte desencadeou os protestos de estudantes na Praça Tiananmen em 1989.

Até poucos anos, a imprensa chinesa era proibida de publicar o nome de Hu Yaobang e de seu sucessor, Zhao Ziyang, que perdeu o posto de secretário-geral do Partido Comunista por se recusar a reprimir a manifestação de estudantes. O protesto terminou de modo sangrento de 3 para 4 de junho, quando um número desconhecido de pessoas morreu pela ação do Exército.

Também ontem, outro jornal ligado ao Partido Comunista, o “Global Times”, criou na internet uma galeria de fotos de Hu Yaobang, que foi secretário-geral do PC de 1982 a 1987. Entre elas, está a imagem de estudantes que homenageiam o líder morto ao redor do monumento em memória aos heróis da Revolução Comunista na Praça Tiananmen, no início dos protestos que duraram quase dois meses.

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