Mulher condenada apóia suposto “Exército Revolucionário”

Uma mulher condenada por seqüestro e membro de uma quadrilha afirmou que no Paraguai existe um "Exército Revolucionário do Povo" (ERP) que realizará "atos de justiça com a população camponesa". Trata-se de Carmen Villalba, que fez essas declarações ao Canal 4 Telefuturo e as confirmou em outras emissoras.

Carmen foi condenada a 18 anos de prisão pelo seqüestro da esposa de um rico empresário em 2004. Pertence ao mesmo grupo acusado pela morte Cecília Cubas, filha do ex-presidente Raúl Cubas. Ela se disse marxista e expressou seu apoio ao suposto "Exército Revolucionário" que, segundo ela, ocupou a propriedade de um fazendeiro brasileiro em Horqueta, ao norte do país, e destruiu máquinas e depósitos na semana passada.

Órgãos de segurança locais suspeitam que integrantes do grupo de Carmen tenham sido treinados por membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e que o seqüestro é uma das estratégias adotadas para arrecadar fundos.
Carmen Villalba, cujo marido também foi condenado no mesmo caso, justificou a ação do suposto exército, que, para ela, defende a "população camponesa pobre, que perde seus animais envenenados por agrotóxicos (utilizados por fazendeiros) e é assassinada em suas casas". Disse ainda que esse grupo armado atuará "até que se faça justiça aos camponeses".

Carmen está presa na penitenciária de Buen Pastor e disse não conhecer o candidato opositor Fernando Lugo, favorito para ganhar as eleições do próximo dia 20 de abril e que, segundo fontes do governo, estaria ligado a grupos "radicais".
O ex-bispo Lugo atribui essas e muitas outras acusações a uma campanha arquitetada para prejudicar sua imagem e suas possibilidades de chegar à presidência paraguaia, que está há 60 anos nas mãos do Partido Colorado.

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