Mistério de menino refém das Farc está perto do fim

Há uma nova evidência de que Emmanuel – o menino que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) prometiam libertar junto com duas outras reféns – não está em poder da guerrilha, como afirma o governo colombiano. Segundo fontes da inteligência colombiana citadas pelo jornal El Tiempo, de Bogotá, José Gómez, o homem que entregou um menino de características semelhantes para um orfanato numa cidade do interior da Colômbia teria confessado aos investigadores que ele seria o ?menino das Farc? e teria dito à promotoria colombiana que não era seu parente, como alegara antes. Gómez despertou suspeitas porque, após o anúncio das Farc de que libertaria os reféns, ele passou a buscar desesperadamente o paradeiro do menino.

Além disso, o governo colombiano anunciou ontem que o resultado da comparação do DNA do menino com o do irmão e da mãe de Clara Rojas – assessora da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt – deve sair até amanhã e acabar com o mistério. Emmanuel tem aproximadamente 3 anos e nasceu em cativeiro, filho de Clara e um guerrilheiro. Além de Clara, seqüestrada em 2002, e Emmanuel, também seria libertada a deputada Consuelo González de Perdomo, refém desde 2001. No entanto, a operação de resgate organizada pelo governo venezuelano fracassou na segunda-feira porque a guerrilha alegou que supostos movimentos militares de tropas colombianas na região inviabilizavam a ação.

Segundo o presidente colombiano, Álvaro Uribe, os rebeldes não poderiam cumprir a promessa porque não estavam mais com Emmanuel. De acordo com a inteligência colombiana, o menino teria sido entregue por Gómez em julho de 2005 a um orfanato em San José de Guaviare, numa região onde as Farc atuam, e estaria agora em Bogotá.

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