Menos de 5% das metas globais ambientais tiveram avanços

Relatório divulgado hoje pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) mostra que, de 90 metas ambientais acordadas internacionalmente nos últimos 40 anos, apenas quatro tiveram avanços significativos. O número representa menos de 5% do total e é inferior à quantidade de objetivos que tiveram retrocesso –oito no total.

Batizado de Panorama Ambiental Global 5, ou simplesmente GEO-5 (www.unep. org/geo), o documento também mostra que outras 40 metas tiveram poucos avanços e 24 praticamente não progrediram. Além disso, 14 não puderam ser avaliadas devido à falta de dados mensuráveis. As informações foram apresentadas em coletiva de imprensa no Rio. Segundo a ONU, houve avanço significativo na erradicação do uso de susbtâncias nocivas à camada de ozônio, na eliminação do uso de chumbo em combustíveis, na melhora do acesso a fontes de água limpa e no aumento das pesquisas sobre a poluição dos mares.

Ao mesmo tempo, os esforços para o combate às mudanças climáticas e para a preservação dos estoques pesqueiros, por exemplo, praticamente não avançaram. Já a proteção dos recifes de corais regrediu –desde 1980, eles sofreram redução de 38% no planeta. Para o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, o relatório é uma mensagem direta para os líderes que se reunirão na Rio+20, a conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável que começa na próxima semana na cidade.

Para ele, é “chocante” que o mundo não tenha conseguido avançar na maioria dos acordos ambientais fechados ao longo das últimas décadas. Segundo o diretor, contudo, o relatório não passa apenas uma “mensagem de fracasso”. A segunda parte do texto é voltada para a análise de políticas bem sucedidas que estão contribuindo para o desenvolvimento sustentável em cada um dos continentes. Com a divulgação, o Pnuma espera que essas iniciativas possam ganhar escala no mundo.

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