Maliki diz que não há mais riscos de Guerra Civil no Iraque

O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, afirmou nesta quarta-feira (16) ao Parlamento Europeu que o risco de uma guerra civil no Iraque foi superado. "Agora não há mais iraquianos que queiram uma guerra civil, ou com uma agenda terrorista, violenta ou para atuar como milícias", disse Maliki, que disse que a violência interna "vem agora exclusivamente dos terroristas ligados à Al-Qaeda".

"Ao impedir a guerra civil, espantamos o fantasma de um Iraque dividido em três partes", afirmou o dirigente iraquiano, acrescentando que a violência procede agora apenas de terroristas da Al-Qaeda, sem apoio entre a população local. Apesar de seu otimismo em relação à situação interna, Maliki advertiu que uma retirada abrupta das tropas norte-americanas no Iraque levaria ao "caos", apesar de ter se mostrado certo de que, quando isso acontecer, a saída será "estruturada e programada".

Maliki atribuiu a melhora na situação interna à "bem-sucedida" estratégia de reconciliação nacional dirigida por seu Governo, e às novas leis que permitem reintegrar socialmente os membros do antigo partido único Baath e os milicianos que estiveram combatendo nos últimos anos. Sobre este ponto, deu por certo que o Exército paralelo do clérigo xiita se dissolverá, devido à influência da nova legislação eleitoral, que obriga os que querem ter acesso às instituições a prescindir deste tipo de milícia.

Maliki deve se reunir hoje com o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, e com o alto representante para Política Externa e Segurança Comum da União Européia, Javier Solana. O premier defendeu estabelecer uma "relação política" entre seu país e a UE, que permita futuras "alianças estratégicas" sobre o gás e o petróleo iraquianos.

Voltar ao topo