Israel volta a bombardear Gaza após ataque com foguetes

Israel voltou a atacar a Faixa de Gaza na noite de domingo (1º), bombardeando o centro e o sul do território palestino. A ofensiva foi uma retaliação ao lançamento de dez foguetes disparados por palestinos pela manhã, que feriram três israelenses. Horas antes da retaliação, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, havia alertado que seu país responderia militarmente de forma “dura e desproporcional” ao lançamento de foguetes contra seu território.

Os ataques israelenses atingiram uma base das forças de segurança do Hamas na localidade de Mughraqa, no centro do território palestino, e túneis próximos da fronteira com o Egito. Os bombardeios não deixaram mortos ou feridos porque o Exército alertou palestinos a abandonar as proximidades de qualquer local utilizado para estocar armas.

O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, disse que ainda não chegou a hora de outra ampla ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza, mas não descartou retomar novas operações no futuro.

Os foguetes palestinos lançados pela manhã feriram dois soldados e um civil na cidade de Nahal Oz. Desde o fim da trégua, na semana passada, ataques na fronteira já haviam matado um soldado israelense. De acordo com Olmert, Israel vai “agir segundo novas regras para garantir que não entremos em uma guerra de disparos incessantes na fronteira sul que impeçam os moradores de levar uma vida normal”.

Taher Nunu, porta-voz do Hamas em Gaza, condenou a “declaração agressiva” de Olmert e disse que Israel tenta “encontrar falsos pretextos para aumentar seus ataques contra a população”. Ele negou participação do Hamas nos disparos e pediu a todas as facções palestinas que “respeitem o consenso nacional” pelo cessar-fogo com Israel. Um braço da Brigada dos Mártires de al-Aqsa, grupo pertencente ao partido Fatah, assumiu a autoria de alguns dos disparos, mas não de todos.

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