Irmã pede eutanásia para ex-funcionário do serviço secreto da Itália

A irmã de um ex-funcionário do serviço de espionagem italiano (Sisde) pediu que as autoridades judiciais uma autorização para a aplicação da eutanásia. Bruno Contrada está detido em uma prisão militar da Campânia (sul da Itália), onde cumpre pena de dez anos por associação mafiosa, mas a família afirma que ele sofre graves problemas de saúde e está passando por uma situação insustentável.

Segundo Anna Contrada, seu irmão "quer morrer", já que "parece ser o único caminho possível para pôr fim a suas infinitas penas". Através do advogado da família, o juiz tutelar da pequena cidade de Santa Maria Capua Vetere recebeu uma "autorização formal para matar legalmente" Bruno Contrada. "Esta defesa, por expressa ordem da familiar próxima, a irmã Anna Contrada, apresenta com imensa e profunda dor uma instância formal de eutanásia", diz o documento entregue ao tribunal local.

A defesa contratada pela família chegou a entrar com diversos pedidos na Justiça para rever a pena, devido aos problemas de saúde do ex-funcionário do Sisde, mas todos foram negados porque, segundo os juizes, o estado de saúde do réu é compatível com a detenção. Cópias do pedido de eutanásia foram enviadas aos ex-presidentes da Itália, Francesco Cossiga e Carlo Azeglio Ciampi, e também ao magistrado de vigilância de Santa Maria Capua Vetere.

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