Iraque é obstáculo para candidato republicano

John McCain mal tinha iniciado seu discurso a membros de uma associação de microempresas, quando uma mulher começou a gritar: "A guerra é ruim para a economia"! McCain deu uma risada amarela, fez uma piada e continuou. Dali a dois minutos, outra mulher berrou: "Acabe com a guerra"! Antes de ele terminar, uma terceira ainda iria interrompê-lo com slogans antiguerra.

Na maioria dos eventos de campanha de McCain há manifestantes do grupo Código Rosa, que reúne mulheres que fazem protestos antiguerra e se vestem de cor-de-rosa. Elas se "disfarçam" de eleitores para interromper o senador e protestar contra a permanência dos EUA no Iraque. As infiltradas do Código Rosa são um exemplo dos obstáculos que McCain precisa superar para vencer em novembro.

O candidato republicano acredita que os EUA devem ficar no Iraque até a situação se estabilizar, a estratégia de aumento de soldados está funcionando e uma retirada no ano que vem seria um desastre. Ele é contra estabelecer uma data para o início da retirada.

Já o candidato democrata Barack Obama promete retirar a maior parte das forças americanas do Iraque nos primeiros dois anos de governo. A situação no país do Golfo Pérsico está melhorando. Maio foi o mês com menor número de baixas americanas desde a invasão, em 2003. Apesar das boas notícias, a paciência de muitos americanos está acabando.

Segundo pesquisa do Wall Street Journal/NBC, a maioria dos americanos (54%) acha que uma vitória no Iraque é impossível – 40% pensam o contrário. Entre os entrevistados, 45% dizem que ficar no Iraque até a situação se estabilizar – a tese de McCain – é a melhor opção. Mas 49% acham que o melhor a fazer é retirar a maioria dos soldados em 2009, posição de Obama.

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