Imprensa critica Vaticano após batismo de ex-muçulmano

A conversão ao cristianismo de Magdi Allam, analista para o Oriente Médio e vice-diretor do jornal Corriere della Sera, e seu batismo, realizado pelo papa Bento XVI durante a vigília de Páscoa, causaram reações críticas por parte de instituições e órgãos de imprensa não apenas italianos, mas de todo o mundo islâmico.

A emissora Al-Arabiya citou as palavras de Yaha Sergio Yahe Pallavicini, dirigente da Associação das Comunidades Religiosas Islâmicas Italianas (Coreis), que se disse "surpreso pelo alto grau que deu o Vaticano a essa conversão". Allam, enfatizou a emissora saudita, é "um dos jornalistas mais controversos da Itália", conhecido por suas fortes denúncias contra o Islã.

Após o polêmico discurso que o Pontífice pronunciou em Regensburg (Alemanha) no ano passado, o jornalista havia associado sua "visão do Islã como uma fé violenta", idéia que voltou a mencionar na carta aberta na qual explicou sua conversão ao cristianismo. Al-Quds Al-Arabi, jornal internacional árabe publicado em Londres, dedicou à questão um significativo título na primeira página: "O Papa provoca a indagação dos muçulmanos ao batizar um ex-muçulmano que apóia Israel e é conhecido por sua oposição ao Islã".

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