Imigração ilegal crescerá com mudanças climáticas

A Europa está alarmada com o volume de imigrantes que tentam todos os anos entrar em seu território, inclusive o de brasileiros. E o problema pode ser multiplicado nos próximos anos. Um documento, que será apresentado aos 27 países da União Européia pelo comissário de Relações Exteriores, o espanhol Javier Solana, alerta que imigrantes motivados pela seca, mudanças climáticas e fome vão se multiplicar até 2020.

O documento diz que, por sua proximidade com o Norte da África e Oriente Médio, a Europa deverá sofrer uma ?pressão migratória em suas fronteiras e a instabilidade política e os conflitos poderão aumentar no futuro?. O tema será debatido pelos líderes europeus na quinta-feira e, por enquanto, a estratégia da UE será a de lutar contra as mudanças climáticas como forma de conter os imigrantes. Essa será a primeira vez que governos tratarão da questão ambiental como um aspecto da segurança de suas fronteiras.

Segundo o levantamento a ser apresentado, até 15% das terras aráveis no mundo poderão ser perdidas, com 5 milhões de pessoas afetadas. ?A migração para a Europa deverá se intensificar?, alerta Solana. Hoje, cerca de 500 mil imigrantes ilegais entram na Europa por ano, um número que assusta os governos.

A idéia é que, com os novos alertas sobre os riscos para a segurança nas fronteiras, os chefes de Estado dêem um mandato para que a Comissão Européia (o braço executivo do bloco) formule novas propostas até o final do ano para lidar com o problema da imigração e das mudanças climáticas.

Voltar ao topo