Grupo judeu acusa Suíça de financiar terrorismo

A Liga Anti-Difamação, uma organização judaica dos Estados Unidos, levantou nesta terça-feira (8) sua oposição a um projeto entre o Irã e a Suíça para a construção de um gasoduto, ao alegar que acordo entre os dois países torna a Suíça "o mais novo patrocinador mundial do terrorismo". "Quando você financia um Estado terrorista, você financia o terrorismo", disse a Liga, baseada em Nova York. A organização publicou hoje anúncios pagos nas páginas dos maiores jornais da Suíça e também no New York Times, The International Herald Tribune e The Wall Street Journal.

O governo dos Estados Unidos e o Congresso Mundial Judaico criticaram a Suíça pelo acordo com o Irã, ao dizer que ele encoraja a linha-dura de Teerã e o financiamento ao terror fundamentalista. "A Liga Anti-Difamação está preocupada que os lucros obtidos pelo Irã com a venda de energia possam ajudar o regime a acelerar e completar seu programa de armas nucleares e providenciar dezenas de milhares de foguetes a mais aos grupos Hezbollah e Hamas, dois grupos terroristas e inimigos jurados de Israel, que freqüentemente são beneficiados pela generosidade de Teerã", disse o comunicado da Liga, postado no website da organização.

O grupo xiita libanês Hezbollah não é considerado terrorista pela União Européia e Rússia, embora seja pelos EUA, Canadá, Israel e Grã-Bretanha. O Ministério do Exterior da Suíça rejeitou as críticas. Alfred Donath, presidente da Federação Suíça de Comunidades Judaicas, disse que houve exagero na acusação dos judeus americanos. A chanceler da Suíça, Micheline Calmy-Rey, viajou ao Irã em meados de março, onde assinou o acordo entre a empresa distribuidora de energia da Suíça, a EGL, e a estatal iraniana National Iranian Gas Export Company. O acordo é avaliado entre ? 18 bilhões e ? 27 bilhões (US$ 28 bilhões e US$ 42 bilhões).

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