O Parlamento francês criou hoje uma comissão para estudar o uso de burca na França. O anúncio vem à tona um dia depois de o presidente Nicolas Sarkozy ter dito que o traje islâmico, que cobre todo o corpo, torna as mulheres prisioneiras. A comissão de 32 membros, dos quatro principais partidos políticos da França, realizará audiências que podem resultar na proibição do uso de burca em público. O trabalho da comissão deve ser concluído em seis meses.
Alguns críticos alertam que o estudo da questão pode estigmatizar os muçulmanos na França. “A proibição da burca não dará liberdade às mulheres”, afirmou em um comunicado Jean-Marie Fardeau, diretor do escritório do grupo Human Right Watch em Paris. “Isso apenas irá estigmatizar e marginalizar mulheres que usam burca.” A França é o país da Europa Ocidental com a maior população de muçulmanos, estimada em 5 milhões. Um grupo pequeno, porém crescente, de mulheres francesas usa burca.