Fidel Castro critica atuação Européia

O ex-presidente cubano, Fidel Castro, disse nesta segunda-feira que a Europa levou à Cúpula com a América Latina, concluída em Lima na sexta-feira, "o espírito dominante" da "superioridade étnica e política".

Em outra de suas "reflexões", artigos que vêm publicando desde março de 2007, Fidel afirmou que Estados Unidos e Europa "competem entre si e contra si pelo petróleo, as matérias-primas essenciais e os mercados".

Segundo ele, a isso "se soma o pretexto da luta contra o terrorismo e o crime organizado que eles mesmos criaram com as vorazes e insaciáveis sociedades de consumo". "Dois lobos famintos disfarçados de vovós, e uma Chapeuzinho Vermelho", comentou.

Fidel acusou os representantes europeus na cúpula de serem "portadores do pensamento capitalista e consumista burguês".

"Muitos levaram consigo os empresários que são o pilar de seus sistemas democráticos, garantias da liberdade e dos direitos humanos", queixou-se o ex-presidente, que se afastou de seus cargos devido a problemas de saúde.

"A Europa que nessa reunião levou a voz cantante é a mesma que apoiou a guerra contra a Sérvia, a conquista pelos Estados Unidos do petróleo do Iraque e os conflitos religiosos no Oriente Próximo e Médio".

Também "as prisões e aterrissagens secretas, e os planos de torturas horrendas e assassinatos realizados por [George W.] Bush".

"Essa Europa compartilha com os Estados Unidos as leis extraterritoriais que, violando a soberania de seus próprios territórios, incrementam o bloqueio contra Cuba", acusou.

Para ele, na conferência "faltava apenas Bush, que trabalhava, incansável, pela paz no Oriente Médio, como é habitual nele. Estava perdoado. Viva o mercado!".

"Não preciso pedir desculpas, como preferem alguns, por dizer a verdade, ainda que seja dura", concluiu.

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