Ex-bispo argentino pega oito anos por abuso sexual

Edgardo Storni, ex-bispo da cidade de Santa Fé, foi condenado hoje a oito anos de prisão por abuso sexual. O caso Storni abalou a Igreja Católica argentina em 2002, quando o ex-seminarista Rubén Descalzo denunciou que 10 anos antes, em 1992, havia sido vítima de abusos do então clérigo.

A condenação foi decidida pela juíza Maria Mascheroni. Tudo indica que Storni, de 73 anos, deverá ficar em prisão domiciliar. A lei argentina prevê o benefício a pessoas com 70 anos ou mais, mas a decisão será tomada nos próximos dias. Segundo a juíza, o caso de abuso sexual foi “agravado” pelo vínculo que o ex-bispo mantinha com os seminaristas na época.

Storni foi alvo de uma investigação em 1994, feita pelo monsenhor José Aranciba, que recolheu denúncias de abusos a 47 seminaristas. No entanto, após viajar ao Vaticano, Storni foi mantido no cargo pelo então papa João Paulo II. Mas em 2002 o livro “Nossa Santa Mãe”, da jornalista Olga Wornat, trouxe à tona a longa lista de escândalos sexuais protagonizados pelo bispo de Santa Fé.

Em 2002, diante do escândalo de abuso sexual e das denúncias sobre ameaças que as testemunhas do caso estavam recebendo de sacerdotes amigos de Storni, o bispo de Santa Fe decidiu renunciar. Na ocasião ele fez questão de deixar claro que a renúncia não implicava admissão da culpa.

Voltar ao topo