Europa bate recorde de pirataria em 2001

Além de CD?s, fitas de vídeo e artigos de luxo, produtos de consumo de massa, como chicletes, café instantâneo, inseticidas, autopeças e até pílulas contra impotência Viagra passaram a fazer parte da longa lista de falsificações na Europa. Segundo estatísticas sobre 2001 divulgadas pela Comissão Européia, a pirataria aumentou 900% em comparação a 1998, e sua origem está cada vez mais difícil de ser rastreada.

O levantamento, feito com a ajuda dos serviços alfandegários, estabeleceu que 95 milhões de artigos falsificados foram apreendidos no bloco europeu no ano passado, num valor equivalente a cerca de dois bilhões de euros. Em comparação com o ano 2000, as mudanças são quantitativas e qualitativas: a pirataria cresceu 39% em termos gerais e passou a incluir artigos de consumo mais amplo.

Por segmento de produto, no período de um ano houve um crescimento considerável na pirataria de CD?s (349%), telefones celulares e outros aparelhos eletrônicos (252%) e nos alimentos e bebidas (75%). O informe apontou também uma mudança na origem das falsificações: o principal produtor de artigos piratas foi a Tailândia (23%), seguida pela China (18%), e a Turquia (8%).

Quase a metade (45%) dos produtos falsificados apreendidos em 2001 é de artigos de amplo consumo, como medicamentos, dentifrícios, detergentes em pó e xampus. Do restante, 42% corresponderam a CD?s, DVD?s e fitas de vídeo, seguidos por produtos alimentícios (4%) e brinquedos (2%).

As marcas preferidas pelos falsificadores são a Nike (30%) e a Adidas (28%), entre acessórios esportivos, Nokia (52%) em telefones celulares, Epson (29%) e Sony (21%) em computadores e aparelhos eletrônicos e Rolex (26%) em relógios, assinalou o levantamento.

Os alimentos também passaram a ser alvo da atividade dos piratas, com mais de quatro milhões de produtos apreendidos em 2001. A Comissão Européia advertiu que “se trata de um fenômeno preocupante, pois quanto melhor forem absorvidos pelo mercado, maior será a facilidade para introduzi-los nas gôndolas dos supermercados”. Segundo o informe, a pirataria provocou a perda de quase 200 mil postos de trabalho nos países europeus. (ANSA).

Voltar ao topo