mundo

EUA, Canadá e México fazem pequeno progresso em renegociação do Nafta

Autoridades dos Estados Unidos, Canadá e México registraram progressos relativamente pequenos nos últimos dias, em um esforço para renegociar o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês) ainda neste ano.

A segunda rodada de negociações do Nafta, na Cidade do México, não teve como objetivo resultar em grandes avanços, sendo esperado um progresso mais substancial na terceira rodada, que ocorre no fim deste mês, em Ottawa, disseram as autoridades. A ministra canadense de Relações Exteriores, Chrystia Freeland, afirmou que a segunda rodada foi construída sobre o trabalho preparatório da primeira fase de negociações, em Washington.

“Nós encontramos um acordo mútuo sobre muitas questões importantes”, disse o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, a jornalistas nesta terça-feira. Funcionários americanos disseram que alcançaram um amplo consenso, mas não um acordo completo, em disposições que regem as pequenas e médias empresas, os serviços, o comércio digital e o meio ambiente.

O ministro de Finanças do México, Ildefonso Guajardo, comentou que espera “começar a ver os resultados na terceira rodada de negociações”.

Um cenário político extraordinariamente adverso não ajuda os negociadores no objetivo de encerrar as negociações em torno do final deste ano e enviar um novo Nafta para aprovação nos Congressos dos países no início do próximo ano.

O presidente dos EUA, Donald Trump, que fez das críticas ao Nafta uma peça central de sua campanha eleitoral no ano passado, recentemente renovou as ameaças sobre retirar o país do acordo comercial, que vinculou as economias da América do Norte por meio de regras comerciais compartilhadas e livre comércio por 23 anos.

Os participantes das conversas descreveram as reuniões – que ocorreram em portas fechadas em um hotel de luxo na capital mexicana – como profissionais e nada hostis. Muitos dos funcionários trabalharam recentemente na Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), que não vingou após Trump retirar os EUA do pacto no início deste ano, pouco após ser eleito.

No entanto, os observadores afirmam que as demandas públicas e os movimentos políticos frequentemente indesejados dos governos estão desafiando os negociadores do Nafta, que precisarão de mais trabalho, flexibilidade e sorte para negociar um acordo que possa sobreviver ao escrutínio político.

Lighthizer contestou a noção de que as demandas políticas estão prejudicando a renegociação do pacto. “Eu não acho que isso prejudique. Isso mostra que o Nafta importa”, disse a jornalistas, em um comunicado nesta terça-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

Voltar ao topo