Estados Unidos preparam sanções contra Zimbábue

O presidente norte-americano, George W. Bush, disse que prepara resoluções contra o governo do Zimbábue, que realiza neste sábado (28) a contagem de votos de eleição presidencial. O atual presidente, Robert Mugabe, tem a vitória garantida após o líder da oposição, Morgan Tsvangirai, ter boicotado o segundo turno da eleição. Bush disse que a presidência ocupada pelo presidente há quase 30 anos é um desrespeito à democracia e direitos humanos.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) disse lamentar profundamente a decisão do governo do Zimbábue de seguir em frente com a eleição presidencial no país.

O embaixador americano na ONU, Zalmay Khalilzad, leu uma declaração do Conselho de Segurança que dizia que todos os integrantes "concordaram que não existiam condições para eleições livres e justas e que lamentavam que o pleito seguiu em frente nestas circunstâncias".

A União Européia também criticou a votação e disse que ela não tem sentido. A Secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou que quer entrar com uma resolução no Conselho de Segurança da ONU na semana que vem para enviar uma mensagem de repreensão a Mugabe. "Houve um sentimento forte… de que o que está acontecendo no Zimbábue é simplesmente inaceitável no século 21 e isto não pode ser ignorado pela comunidade internacional", afirmou Rice.

Ela acrescentou que os Estados Unidos vão fazer tudo para forçar a aprovação de sanções ao governo de Mugabe. Ministros do Exterior do G8, reunidos no Japão, disseram que não podem aceitar a legitimidade de um governo no Zimbábue "que não reflita a vontade do povo zimbabuano". Segundo o G8, violência, obstrução e intimidação tornaram uma eleição livre e justa no país impossível.

Já o presidente da comissão da União Africana, Jean Ping, disse que democracia e direitos humanos são valores compartilhados por todos os países do grupo e que os líderes africanos podem encontrar uma solução para os problemas do Zimbábue.

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