Equilíbrio entre Obama e Hillary preocupa democratas

O renascimento da campanha de Hillary Clinton vai arrastar a definição do candidato democrata até pelo menos 22 de abril, quando ocorre a primária da Pensilvânia. A indefinição favorece o candidato republicano John McCain, que confirmou sua indicação com as vitórias de terça-feira. A recuperação de última hora da campanha de Hillary, com as importantes vitórias de terça nas primárias do Texas e de Ohio, mostra que a enxurrada de ataques contra Barack Obama funcionou. O questionamento das credenciais de política externa de Obama foi um dos pontos que influenciaram muitos eleitores indecisos, afirma Mary Frances Berry, professora de História e Pensamento Americano da Universidade da Pensilvânia.

A campanha de Obama apelidou a tática de Hillary de ?pia da cozinha? – atacar com tudo o que estiver ao alcance, esperando que alguma coisa cole. Como a tática funcionou, espera-se muita lama pela frente. E isso é má notícia para os democratas. Enquanto eles se atacam, McCain luta para unir o Partido Republicano em torno de sua candidatura e se prepara para combater o indicado democrata.

Obama ainda está à frente em número de delegados e é matematicamente impossível para Hillary ultrapassá-lo, mesmo que ela ganhe de lavada todas as próximas primárias, algo improvável. Mas Hillary ganhou impulso com a vitória nas primárias do Texas (por 51% a 48%) e de Ohio (54% a 44%). ?Obama está na frente em número de delegados, mas nenhum dos dois vai chegar ao número mínimo necessário para levar a indicação – são os superdelegados que vão decidir?, diz Mary Frances. Os superdelegados, que são membros da direção do partido, congressistas e governadores. Como a máquina partidária está nas mãos de Hillary e de Clinton, é consenso na campanha de Obama que a eleição não pode ser decidida pelos superdelegados.

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