Alerta nuclear

Emissão radioativa em usina diminui após alerta no Japão

O nível de radioatividade emitida pela usina de Daiichi, em Fukushima, no nordeste do Japão, desacelerou pela tarde (horário local), após aumentos consecutivos que deixaram o país em alerta pela manhã. Com isso, diminui a possibilidade de ocorrer vazamentos incontroláveis em larga escala, segundo o governo japonês. “Não temos uma situação em que altos níveis de radiação estão permanentemente vazando”, afirmou o representante do governo, Yukio Edano.

O nível de radiação às portas da usina de Daiichi chegou a mais de 11.000 microsieverts (unidade usada para indicar danos biológicos causados pela radiação) por hora. Esse nível equivale à radiação à qual uma pessoa é exposta em 11 anos de vida normal. Pela tarde no Japão, o nível caiu para 600 microsieverts por hora, quase o equivalente a um exame de raios X. Na capital Tóquio, a radiação no centro da cidade permanecia abaixo dos níveis que poderiam prejudicar a saúde humana.

As autoridades dizem, porém, que ainda é cedo para afirmar que o pior já foi evitado. A usina sofreu sérios problemas em quatro de seus seis reatores desde o violento terremoto da semana passada. Havia dificuldades para determinar a causa dos vazamentos de radiação e checar o que acontece dentro dos reatores.

As autoridades também apontam para um novo risco potencial: subiu a temperatura nos reatores 5 e 6, ambos sem operação no momento do terremoto. Funcionários também investigam se água fervendo havia sido detectada perto do local onde houve um incêndio na manhã de terça-feira, o que seria outro sinal preocupante de superaquecimento.

Hoje, houve um incêndio no reator 4 da usina, que foi controlado. As condições nos reatores 1 e 3 foram estabilizadas, após a retomada da capacidade de resfriamento nesses dois reatores. As autoridades também continuam a jogar água no reator 2, onde uma explosão hoje danificou a estrutura usada para impedir que a radiação se espalhe.

“Nós precisamos ver como as coisas irão na unidade número 2 por um pouco mais de tempo antes de podermos qualificá-lo como estável”, ponderou o porta-voz do governo, Yukio Edano. As informações são da Dow Jones.