Dilma e Erdogan pedem fim “imediato” da violência contra civis

Em um comunicado conjunto divulgado hoje no Rio, a presidente Dilma Rousseff e o premier turco, Recep Tayyip Erdogan, pediram o fim “imediato e incondicional” da violência contra civis na Síria.

O comunicado expressa apoio “total” ao ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, enviado especial ao país árabe, e ao plano de seis pontos que prevê o fim dos confrontos entre o regime do ditador Bashar Assad e a oposição, que já deixou mais de 12 mil mortos, a maioria opositores.

Dilma e Erdogan “sublinharam a importância de iniciar sem demora processo político inclusivo, conduzido pelos próprios sírios e que contemple de forma democrática e efetiva as legítimas aspirações do povo sírio”.

Erdogan, que veio ao Brasil para a Rio+20, teve hoje uma reunião de trabalho com Dilma durante o café da manhã.

Os dois dirigentes deram apoio à criação de um Estado palestino, dentro das fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel ocupou a Cisjordânia, a faixa de Gaza e o setor oriental (árabe) de Jerusalém.

Também apoiaram as manifestações populares por “democracia, dignidade e justiça social” e “sublinharam a necessidade de que os movimentos populares conduzam tais demandas de modo pacífico e o imperativo de que os governos respondam da mesma maneira”.

Relação próxima

Turquia e Brasil começaram a se aproximar durante o governo Lula e, em 2010, tentaram mediar um acordo sobre o programa nuclear do Irã que foi rejeitado pelos EUA e demais potências com assentos permanentes no Conselho de Segurança da ONU.

O comunicado de Dilma e Erdogan diz que os dois países “superaram o obstáculo da distância geográfica por meio do estabelecimento e da manutenção de relações estreitas” e prometem atuar em conjunto sobre temas da “ordem global em transformação”.

“Ambos os países reconhecem que as bases atuais do multilateralismo oferecem amplas oportunidades para que atores emergentes como Brasil e Turquia desempenhem papel-chave no oferecimento de soluções para complexas questões internacionais”, diz o texto.

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