Croácia, Bulgária e Hungria reconhecem independência do Kosovo

A Croácia e a Hungria reconheceram nesta quarta-feira a declaração de independência da província separatista sérvia de Kosovo.

A Bulgária, por meio de um comunicado conjunto com os outros dois países, informou que também reconhecerá a independência do território

O reconhecimento da independência de Kosovo por parte da Croácia certamente acirrará as tensões com a Sérvia. As duas repúblicas da extinta Federação Iugoslava travaram uma sangrenta guerra no início da década passada.

Os três vizinhos da Sérvia fizeram o anúncio por meio de uma declaração conjunta divulgada pela BTA, a agência de notícias do governo búlgaro.

O Ministério das Relações Exteriores da Bulgária anunciou que Sófia reconhecerá a independência de Kosovo amanhã. A Croácia e a Hungria já formalizaram o reconhecimento.

No comunicado conjunto, a Croácia, a Bulgária e a Hungria pediram aos líderes kosovares que "forneçam garantias de um Estado multiétnico".

Segundo eles, a decisão foi tomada depois do fracasso da busca por uma solução negociada para o futuro do Kosovo.

Todos, no entanto, manifestaram a esperança de manter boas relações com a Sérvia.

Os líderes albaneses étnicos declararam a independência da província separatista sérvia em 17 de fevereiro, contrariando Belgrado e a minoria sérvia que vive no território.

O presidente da Sérvia, Boris Tadic, advertiu recentemente que o reconhecimento da independência de Kosovo pela Croácia traria "imediatas conseqüências negativas" às relações bilaterais.

Os dois países melhoraram bastante as relações depois da guerra travada em 1991, mas a animosidade mútua permanece latente.

O ministro das Relações Exteriores da Sérvia, Vuk Jeremic, criticou a decisão dos três vizinhos.

"Todo país que decidir reconhecer o ilegalmente declarado Estado de Kosovo estará violando as leis internacionais", declarou Jeremic durante visita oficial à Grécia.

"Qualquer país que o fizer não poderá esperar a manutenção de boas relações com a Sérvia", prosseguiu o chanceler.

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