Correa encerra campanha para eleições no Equador

A campanha para as eleições de domingo terminou hoje, com intensa atuação dos candidatos em várias partes do Equador. O atual presidente, Rafael Correa, é favorito para permanecer no cargo, diante de um oposição fragmentada e enfraquecida. A cerimônia de encerramento da campanha do presidente foi no norte da cidade portuária de Guayaquil, diante de milhares de partidários com bandeiras e camisetas verdes. Os discursos enfocaram os atos dos dois anos de governo Correa, principalmente na educação, saúde e moradia.

Correa insistiu em suas críticas contra os rivais, entre eles o ex-presidente Lucio Gutiérrez, derrubado em 2005, e o magnata do setor bananeiro Alvaro Noboa, atacado por ser integrante dos partidos tradicionais que, segundo Correa, favorecem as elites e pertencem ao passado do país. Várias pesquisas indicam que Correa deve vencer no domingo. Diante da população de Palestina, no norte de Guayaquil, Correa pediu também apoio para seus candidatos no Legislativo. As pesquisas indicam que Correa deve ganhar a reeleição com margem ampla, naquela que deve ser a primeira vez nos últimos 30 anos em que um candidato ganha uma eleição no país em apenas um turno.

Em Quito, Gutiérrez encabeçou uma grande caravana de automóveis e se encontrou com milhares de simpatizantes ao sul da cidade. O ex-presidente se disse confiante na disputa com Correa em segundo turno. Porém segundo as pesquisas, a vantagem do atual líder é de mais de 20 pontos sobre Gutiérrez. Noboa comandou uma caravana, em meio à intensa chuva, no sul de Guayaquil, com um show musical e críticas a Correa, que “nos quer tirar nossa propriedade e nossa moeda (o dólar)”. Correa é um crítico da dolarização do país, mas diz que por ora não pretende alterar esse sistema.

Em muitos momentos, a campanha resumiu-se à troca de ataques pessoais. Correa assumiu o poder em janeiro de 2007, mas seu mandato foi interrompido na metade do período, pela entrada em vigor da nova Constituição, aprovada pelos equatorianos em referendo de 2008. A Carta, impulsionada pelo presidente, prevê a convocação de eleições gerais.

Voltar ao topo