Cobos diz não ter ambições à presidência da Argentina

O vice-presidente da Argentina, Julio Cobos, viajou a Mendoza, onde foi governador, e desmentiu categoricamente ter ambições presidenciais para as eleições de 2011.

Persiste a polêmica, depois de seu voto decisivo contra o projeto de lei governista que determinava o aumento de impostos sobre a exportação de grãos.

Coube a Cobos desempatar a votação no Senado (36 a 36), e ele se posicionou a favor da oposição, no que foi definido pela presidente, Cristina Fernández de Kirchner, como o gesto "de um Judas".

"Votei segundo minha consciência", disse, "e, por outro lado, o governo devia se dar conta de que entre as forças que o apoiavam, havia vozes críticas, como a minha".

O vice-presidente do Senado, o peronista José Pampuro, não deu "excessiva importância" ao ocorrido, argumentando que a atitude de Cobos "não foi uma traição".

Já Luis D’Elia, dirigente dos "piqueteiros", afirma que "milhões de argentinos" estão se perguntando o que significou o comportamento do vice-presidente. "Não concordo que se peça para ele renunciar", disse, acrescentando ironicamente: "Não se deve transformar Judas em uma vítima, não se deve martirizá-lo: Judas é Judas".

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