CIA admite que destruiu fitas de interrogatórios secretos

A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, por suas iniciais em inglês) destruiu gravações dos interrogatórios de dois importantes suspeitos de terrorismo feitos em 2002, entre eles Abu Zubaydah, chefe de recrutamento da rede extremista Al-Qaeda. A destruição aconteceu para evitar que a manutenção das fitas pudesse representar "um risco de segurança" disse Michael Hayden, diretor do principal serviço americano de espionagem externa, a funcionários da CIA.

A revelação de Hayden a seus subordinados tornou-se pública ontem e causou comoção no Capitólio, onde os integrantes da Comissão de Inteligência do Senado prometeram abrir uma investigação imediatamente. Um destacado grupo de defesa dos direitos humanos declarou-se alarmado com a situação.

Na mensagem aos funcionários da CIA, Hayden disse que os líderes das comissões de inteligência do Senado e da Câmara dos Representantes já haviam sido informados sobre a existência das fitas e da intenção da CIA de destruí-las para proteger a identidade dos interrogadores.

Segundo ele, um órgão de supervisão interna da CIA assistiu à gravação em 2003 e assegurou que os métodos de interrogatório eram "legais". As fitas foram destruídas em 2005.

O presidente da Comissão de Justiça do Senado, Patrick Leahy, qualificou como "preocupante" a destruição das imagens. "A destruição é combinada quando se quer ocultar ações da responsabilidade", observou.

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