Chega a 61 total de mortos em ataque na Faixa de Gaza

Chegou a 61 o total de mortos ontem em decorrência de ataques israelenses contra a Faixa de Gaza. Outras 200 pessoas ficaram feridas. O sábado foi o dia mais mortífero no território desde o início da segunda intifada palestina, em setembro de 2000. O segundo dia mais violento foi 8 de março de 2002, com 38 mortos. Líderes do moderado partido laico Fatah caracterizaram a ofensiva de ?holocausto? e ?genocídio?, ameaçando suspender as negociações de paz iniciadas este ano com o apoio dos EUA.

Do total de mortos na operação, com ataques aéreos e terrestres, 29 eram civis, incluindo cinco crianças. Dois soldados israelenses também morreram nos confrontos. A incursão ocorreu em meio a ameaças do governo de Israel de lançar uma ampla invasão do território, do qual se retirou em agosto de 2005, para impedir o disparo diário de foguetes palestinos contra as cidades israelenses de Sderot e Ashkelon. Segundo autoridades do país, Israel foi alvo ontem de 48 foguetes, incluindo três de fabricação soviética – mais poderosos e precisos que os Qassam, produzidos pelos próprios palestinos.

As ações de ontem elevaram para mais de 90 o número de mortos desde quarta-feira, quando Israel intensificou os ataques aéreos e terrestres contra o território, controlado desde junho pelo grupo islâmico Hamas. O presidente palestino, Mahmud Abbas, chamou a operação de ?inacreditável?, afirmando que o que ocorreu ?é mais do que um holocausto?. ?Dizemos ao mundo: olhem o que está ocorrendo e julguem quem está fazendo um terrorismo internacional?, disse. A pedido dele, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) fez ontem à noite uma reunião de emergência para tratar do tema.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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