Chega a 1.080 o total de detidos por violência no Tibete

Mais de mil pessoas foram capturadas ou entregaram-se à polícia por participação nos violentos distúrbios em Lhasa, capital do Tibete, informou nesta quinta-feira (3) o jornal estatal Comércio Tibete, atribuindo a informação a Wang Xiangming, secretário do Partido Comunista na cidade. Os casos serão julgados antes de 1º de maio prosseguiu Wang. O secretário detalhou que dos 1.080 detidos, 800 foram presos e 280 se entregaram. Os protestos contra o governo chinês no Tibete ocorreram no mês passado.

Segundo analistas, a informação sugere que o governo chinês estaria determinado a virar a página da violência no Tibete antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, marcada para 8 de agosto.

Pequim enviou milhares de policiais e soldados à região para manter a calma, prender os líderes dos protestos e isolar os monastérios usados pelos monges que deram início a protestos pacíficos em 10 de março.

As manifestações saíram de controle quatro dias depois. Segundo o governo, 22 pessoas morreram nos incidentes. Grupos tibetanos no exílio alegam que pelo menos 140 pessoas morreram. Autoridades chinesas afirmam que a situação voltou ao normal, mas turistas estrangeiros e jornalistas continuam proibidos de visitar a montanhosa região onde fica o Tibete.

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