Centenas de presos palestinos entram em greve de fome

Centenas de prisioneiros palestinos estão rejeitando comida para pressionar as autoridades de Israel a melhorarem as condições de carceragem, no mais desafiador protesto em anos. A greve de fome teve a adesão dos presos palestinos na maioria das 23 penitenciárias e cadeias, onde 5.300 palestinos estão detidos por crimes que vão de jogar pedras em soldados israelenses ao planejamento de atentados a bomba contra civis israelenses.

Pelo menos 200 presos palestinos estão em greve total de fome há duas semanas, rejeitando toda a comida, com exceção de água e líquidos. Cerca de 2.000 se juntaram à greve na madrugada desta terça-feira, disse Kadoura Fares, que chefia o grupo de defesa dos direitos dos prisioneiros. Segundo ele, vários desses 2.000 já estavam em greve parcial há três dias.

A greve de fome começou há duas semanas quando um dos líderes dos detentos, Ahmed Sadat, foi colocado em isolamento numa solitária. Sadat, de 60 anos, cumpre uma sentença por ter participado do assassinato de um ministro do gabinete de Israel há 10 anos. Segundo os detentos, o estado de saúde dele é muito precário.

Os detentos, segundo os advogados, pedem direitos como o de levar livros para a prisão, assistir a canais em árabe na televisão a cabo e terem a chance de fazer cursos universitários enquanto cumprem as sentenças.

Sivan Weizman, autoridade do sistema penitenciário de Israel, afirma que o número de presos palestinos em greve de fome é menor que o anunciado, cerca de 240. Weizman disse que Sadat e alguns outros detentos foram para a solitária porque as autoridades de Israel suspeitam que eles ajudaram militantes a atacar alvos de Israel fora da cadeia.

As informações são da Associated Press.

Voltar ao topo