Canadense escreve que matou filhas gêmeas, diz polícia

O pai de duas gêmeas suíças de 6 anos desaparecidas, Alessia e Livia, escreveu em carta à sua ex-esposa que matou as duas crianças e que planejava cometer suicídio, informou a polícia suíça hoje. O canadense e suíço Matthias Kaspar Schepp, de 43 anos, escreveu em carta, enviada em 3 de fevereiro da Itália a Lausanne, que suas filhas Livia e Alessia estavam mortas. Mais tarde, no mesmo dia, a polícia encontrou o cadáver de Schepp nos trilhos da ferrovia perto da estação de Bari, no sul da Itália. A informação sobre a carta partiu da polícia do cantão (Estado) de Vaud, na Suíça.

A polícia suíça disse que Schepp se atirou embaixo do trem expresso que fazia a rota Bari-Milão, na localidade de Cerignola, perto de Bari. A carta que ele escreveu à ex-esposa Irina Lucidi, de 44 anos, não diz quando ou como ele matou as filhas do casal. Lucidi reportou à polícia o desaparecimento das filhas em 30 de janeiro, quando Matthias, que havia buscado as meninas na casa delas dois dias antes para passarem o final de semana em sua casa, também em Lausanne, não devolveu as meninas como combinado.

“O pai declarou que matou suas duas filhas e que ele estava em Cerignola, onde iria se matar”, disse o porta-voz da polícia de Vaud, Jean-Christophe Sauterel. A polícia disse, antes, que Schepp usou seu trabalho em computação para vasculhar na internet informações sobre armas de fogo, envenenamento e suicídio.

Roberto Mestichelli, um primo da mãe das gêmeas, disse que a família está devastada. “Não existem mais esperanças” de encontrar as meninas vivas, ele afirmou à Associated Press.

Schepp, antes de cometer suicídio, enviou oito cartas à sua ex-esposa na Suíça, todas a partir de Bari, disse a polícia hoje. Sete delas continham 4 mil euros (US$ 6 mil) em notas. Na oitava carta, ele afirma que matou as meninas e que iria se matar. Ainda não está exatamente claro quando a família e a polícia começaram a receber as cartas – a mãe fez um apelo desesperado à televisão na quarta-feira, dizendo que existia esperança de que as duas fossem encontradas vivas na Córsega, após a polícia de Marselha ter descoberto que Matthias Schepp comprou passagens para viajar com as meninas à Córsega. A polícia francesa afirma que Schepp levou as meninas para a Córsega em 31 de janeiro e que voltou sozinho para o porto de Toulon em 1º de fevereiro.

Na Córsega, as investigações agora são feitas perto da cidade de Propriano, onde o ferry chegou de Marselha, bem como nas cidades vizinhas de Calvi e Macinaggio. A polícia também vasculha propriedades rurais vizinhas, onde o casal Schepp-Lucidi costumava passar as férias.

A agência de notícias suíça SDA publicou um comunicado da família Schepp hoje, dizendo que Matthias pode ter sofrido um trauma emocional. “Nós estamos unidos na certeza de que nosso filho e irmão poderia apenas ter cometidos esses atos horrendos se ele tivesse sofrido um sério colapso emocional”, disse a família. As informações são da Associated Press.

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