Mulheres no mercado de trabalho não acaba com diferenças, mostra estudo

Rio de Janeiro – A participação das mulheres no mercado formal de trabalho aumentou substancialmente na última década, com ampliação crescente por nível de escolaridade, particularmente no saldo de vagas geradas no período para trabalhadores com nível superior.

Apesar dos avanços, persistem as diferenças importantes de remuneração e de acesso limitado aos cargos de chefia e de gerência. Em conseqüência, as mulheres continuam recebendo menos do que os homens – mesmo quando ocupam cargos semelhantes.

Estas são algumas das principais conclusões do estudo ?Visão do Desenvolvimento?, publicação semanal da Secretaria de Assuntos Econômicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Coordenado pelo economista Antônio Marcos Ambrozio, da Secretaria de Assuntos Econômicos da instituição, e divulgado no final da semana passada, o estudo constata melhorias nas condições de acesso e salário da mulher no mercado de trabalho, mas conclui que ainda falta muito para que homens e mulheres tenham a mesma remuneração.

?As disparidades salariais entre homens e mulheres reduziu-se de forma muito tímida ao longo de um período de 10 anos. A persistir essa tendência, seriam necessários mais 75 anos para eliminar completamente a desigualdade salarial por sexo?, sustenta Ambrozio.

O estudo leva em consideração os indicadores da evolução do emprego e da renda nos últimos dez anos, a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e pela Relação Anual de Informações Sociais (Rais) – uma base estatística do mercado de trabalho formal, mas que engloba, além dos trabalhadores celetistas já captados pelo Caged, também os estatutários, temporários e avulsos.

Voltar ao topo