MST diz que está “otimista” com cenário político brasileiro

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Gilmar Mauro – uma das pessoas convidadas pelo presidente venezuelano Hugo Chávez para participar de uma reunião sobre conjuntura brasileira e internacional – afirmou que está “otimista com relação ao cenário brasileiro”. Segundo ele, há um quadro bastante ruim no cenário mundial (referindo-se, entre outras coisas, à reeleição de George W. Bush nos Estados Unidos), mas a hora não é de dividir, e sim unir forças para “pensar uma estratégia de hegemonia política de esquerda, para além das discussões que estão aí”.

Outro convidado para a reunião com Chávez, o ex-governador do Rio de Janeiro pelo PDT Nilo Batista, concorda com a avaliação de Gilmar Mauro. Batista diz que acredita na sinceridade do presidente Lula. “Já tivemos impostores nesse cargo, mas ele não é um impostor. O Brasil tem um presidente que todos nós admiramos ? e olhe que sou de um partido de oposição”, disse.

Apesar do otimismo com o Brasil, o coordenador do MST avalia que existe no momento uma crise nos sindicatos, na igreja progressista e em vários outros setores da esquerda mundial. “Por isso é importante a luta contra a hegemonia norte-americana, do qual o maior exemplo é a Venezuela. A nossa tática agora é a luta contra a Alca (Área de Livre Comércio das Américas), por um outro tipo de integração como o G-20, e as disputas na OMC (Organização Mundial do Comércio) a favor dos países em desenvolvimento, aglutinar a resistência”.

Questionado sobre o que dirá a Chávez durante a reunião, Nilo Batista diz que recomendará ao presidente venezuelano ter “cuidado com Bush”. “E nós também”, avisa.

Também foram convidados para participar da conversa com Chávez diversos intelectuais e ativistas brasileiros, como o arquiteto Oscar Niemayer, o escritor Leonardo Boff e o coordenador geral do Laboratório de Políticas Públicas na Universidade Estadual do Rio de Janeiro Emir Sader.

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