A assessoria da MSI no Brasil respondeu às acusações feitas pelo presidente corintiano, Alberto Dualib, por meio de nota oficial. ?A MSI esclarece que todos os investimentos que realizou no Brasil foram feitos por meio de contratos de câmbio autorizados pelo Banco Central. A empresa não efetuou gastos que não estivessem diretamente relacionados à manutenção da parceria e às despesas para o funcionamento do Departamento de Futebol do Sport Club Corinthians Paulista. A diferença (acusada por Dualib) deve-se aos pagamentos realizados diretamente pela MSI aos prestadores de serviço ligados ao futebol do Corinthians, especialmente no período em que as contas do clube estiveram bloqueadas pela Justiça em decorrência do caso Luizão, e aos gastos com a estrutura da empresa?, afirmou o fundo de investimentos .
?Além disso, todos os diretores da empresa, incluindo seu presidente, recebem salários similares entre si e nenhum deles obteve remuneração que não fosse a estabelecida em seus respectivos salários. A MSI reitera que todos os pagamentos realizados estão lançados em sua contabilidade e foram auditados por uma empresa independente e respeitada de São Paulo.
Reconciliação?
A diretoria do Corinthians e os investidores da MSI não têm dúvidas de que a parceria vai muito mal. Os europeus que puseram dinheiro não recuperaram quase nada. O time brasileiro conquistou um título nacional, pagou dívidas, mas não se estabilizou financeiramente e teve péssimos resultados no futebol em 2006. A tendência maior, de acordo com pessoas ligadas à direção do clube, é de que o casamento chegue logo ao fim. Mas Dualib e algumas pessoas da MSI não acreditam ser essa a melhor solução. Ainda sonham em evitar o divórcio.
A expectativa de Dualib é de que Boris Berezovski consiga mudar as tendências. O russo, que sempre foi ligado à parceria, resolveu manifestar publicamente o interesse em participar do processo e colocar dinheiro no negócio – causando estranheza em muita gente. Sua prioridade, diz ele, é a construção de um estádio, além da montagem de time forte. Ele colocaria um gerente de sua confiança – que faria trabalho parecido com o de Kia Joorabchian – para ser o representante da MSI no Brasil.
Os investidores, anônimos em sua maioria, querem recuperar o dinheiro investido, ou pelo menos parte dele – embora corram riscos de perder mais. Para Dualib, o fim do casamento seria péssimo. E provocaria desgaste político ainda maior.